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22 de dezembro de 2008
Sonetos.
Voz sombria como a do vento à noite nos cemitérios
Entoando a nênia das flores murchas da morte
Esse canto fúnebre para mim revelado faz com que eu me teletransporte
Para um vale de depressão onde conheço seus mistérios
Minha imensa tristeza e grande sofrimento foram os critérios
Que a Morte escolheu para com sua foice me fazer um corte
Afim de tirar a minha alma e me mostrar que meu dia de sorte
É esse dia em que na pós-vida vou erguer meus novos impérios
Lar-doce-lar terei quando com a vida não tiver mais dívidas
Sonho com o dia em que descansarei em paz
Leve-me agora desse mundo tão superficial
E no meu leito eterno eu sei que posso estar certa que jamais
Poderia, em vida, encontrar algo que me seja tão especial
Quanto meu lindo jardim de flores lívidas
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